Por Comunicação SAA | Postado em 26/06/2025 00:00:00 | Atualizado em 27/06/2025 16:22:10
Quinto maior produtor de resíduos no mundo, o Brasil ainda precisa sanar muitos gargalos, quando o assunto é reciclagem ou economia reversa. Todos os dias o brasileiro descarta em média um quilo de lixo, incluindo itens como papelão, alumínio, plástico, vidro, entre outros. Somente no quesito plástico, o país fica atrás dos Estados Unidos, China e Índia, como aponta levantamento da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).
Com produção média anual de 452 quilos de resíduos por habitante, a região Sudeste lidera o ranking nacional com quase 40 milhões de toneladas por ano. Contrariando a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305 em 2010, infelizmente, lixões a céu aberto ainda fazem parte da realidade de milhares de brasileiros. O problema, segundo a Associação, não é o aumento do consumo e sim a forma como lidamos e destinamos os seus resíduos.
Nesse sentido, o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta) tem intensificado ações que contribuam para a economia circular e a sustentabilidade. Ampliar o conhecimento e a pesquisa são algumas das ferramentas escolhidas para abordar o tema, em especial no setor de alimentos e bebidas. Tornar desafios em oportunidades para implementar sistemas de embalagens reutilizáveis em escala industrial é uma das alternativas, como aponta Eloísa Elena Correa Garcia, diretora geral do instituto e responsável pelo CCD Circula.
Desde sua criação em 2022, o Centro de Ciência para o Desenvolvimento de Soluções para os Resíduos Pós-Consumo (CCD Circula) atua em colaboração com profissionais de diversas áreas, incluindo logística reversa, políticas públicas, educação, design de embalagens, avaliação de processos e reciclagem. Para atingir seus objetivos, o CCD Circula integra os esforços de empresas, instituições de ensino e pesquisa, e governo.
Um trabalho que foi dividido em cinco plataformas de pesquisa: gestão e inovação para a economia circular nas organizações e cadeias, mitigação do impacto de resíduos orgânicos, design, materiais e tecnologias inovadoras, tecnologias de reúso e reciclagem e educação e cultura para economia circular.
No mês do Meio Ambiente, o CCD Circula ganha papel estratégico na solução de problemas com transferência de resultados e conhecimento. Com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o órgão vem desenvolvendo várias linhas de pesquisas e ações educativas.